A medicina veterinária tem avançado a cada dia na busca por melhorar a qualidade de vida dos animais e também aumentar sua longevidade e bem-estar.
Nesse sentido, é normal que a cada dia surjam mais especialidades e uma das que mais tem se destacado nos últimos tempos é a oncologia veterinária.
Assim como os seres humanos, os animais também podem desenvolver diversos tipos de doenças, entre elas o câncer.
Apesar de ser uma palavra que assusta logo de cara, com o tratamento certo e o diagnóstico precoce, é possível que o pet com câncer tenha grandes chances de cura.
Como a oncologia veterinária age?
O especialista em oncologia veterinária compreende diversos aspectos dentro da área e também em relação às células e a fisiologia dos animais para assim, poder identificar, prevenir e tratar as neoplasias em animais domésticos ou animais de pequeno porte.
Uma das maiores características do câncer é o surgimento de tumores, mas nem todos eles são malignos.
Por isso, quando o tumor identificado no animal é maligno, esses sim costumam ser chamados de cânceres.
A partir do diagnóstico é que o profissional decide qual o melhor tratamento para cada animal, que vai depender da idade, do peso, da raça e outras variantes.
Quais as principais causas de câncer em animais?
Não há como dizer ao certo o que causa o câncer nos animais, ainda mais sem ter todo o histórico do pet.
Mas, é possível dizer que alguns fatores podem deixar os bichinhos mais suscetíveis a essa doença, como por exemplo: idade do animal; genética; fatores externos; outras doenças;
Quando falamos sobre fatores externos que podem influenciar no surgimento de neoplasias, estamos falando sobre exposição exagerada ao sol, contato com produtos químicos, falta de castração etc.
Sendo assim, o câncer de pele, nos ovários, leucemia e linfomas, são alguns dos cânceres mais comuns tratados pela oncologia veterinária.
Em cadelas, o câncer nas mamas e nos ovários é mais comum, principalmente naquelas que não são castradas.
Por isso, é importante conscientizar os tutores da relevância da castração no bem-estar e na longevidade das fêmeas. Ainda, é importante dizer que, quanto mais tempo passar até a castração, maiores são as chances de desenvolvimento da doença.
Sintomas
Antes de buscar pela oncologia veterinária, o tutor tem o importante papel de observar alguns comportamentos e notar alguns sinais que o corpo do animal demonstra.
Esses sinais podem ser o alerta para buscar ajuda especializada.
Principais sintomas:
- Nódulos pelo corpo;
- Feridas que não cicatrizam;
- Sangramentos sem razão aparente;
- Manchas pelo corpo;
- Apatia e falta de apetite;
- Perda de peso ou protuberância abdominal;
- Vômito e diarreia;
Tratamento
Antes de dar início ao tratamento, é necessário realizar o diagnóstico de forma correta, o que acontece através de exames.
Os exames são de extrema importância para ter um diagnóstico assertivo e precoce, o que aumenta as chances de cura.
Os exames mais solicitados são os de sangue, de imagem (raio-x), ultrassom e também biópsia.
Com o diagnóstico em mãos, os principais tratamentos são:
- Quimioterapia: bastante semelhante ao indicado aos humanos, inclusive com os mesmos remédios, mas manipulados em doses mais baixas.
- Radioterapia: onde são utilizadas radiações também semelhantes às utilizadas em humanos.
- Eletroquimioterapia: nesse caso é feita a união dos medicamentos da quimioterapia com a aplicação de um campo elétrico.
- Imunoterapia: usa-se medicamentos que atuam diretamente nas células cancerígenas, destruindo-as, mais indicado em casos de melanoma.
O tratamento deve ser feito apenas pelo especialista e deve ser seguido à risca para que o animal não sofra sem necessidade e tenha maiores chances de cura.
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