A neurologia veterinária é a área responsável pela saúde do sistema nervoso central e periférico de gatos e cachorros.
Nos cachorros, existem diversas alterações neurológicas que vão desde a epilepsia idiopática até neoplasias cerebrais.
Outros exemplos de alteração neurológica envolvem convulsões focais, neoplasia não centrais, hérnias de disco intervertebral, encefalites, mielites, meningites, vestibulopatias e AVCs.
A fim de identificar, podem ser verificadas manifestações clínicas diversas que contam com incoordenação, dificuldades de se locomover, fraqueza nas patas, cabeça pendente para o lado, vocalização, convulsões, baixa responsividade a estímulos e andar compulsivo e em círculos.
Além do mais, a idade avançada desses pacientes faz com que seja mais comum a disfunção cognitiva, isto é, quando o cachorro idoso começa a apresentar comportamentos diferentes.
Se for acompanhado por um profissional da neurologia veterinária, este cachorro pode ter maior qualidade de vida com as alterações mais amenas.
No entanto, os sintomas das doenças neurológicas costumam ser bem parecidos na maior parte dos casos, o que acaba por dificultar a identificação da causa real.
Sem contar a dificuldade de descobrir o tanto que os nervos foram acometidos.
Neste caso, é preciso um especialista para fazer exames clínicos completos e então direcionar os outros exames necessários.
Principais doenças do sistema neurológico
É certo que as doenças do sistema nervoso podem ser classificadas em três modos diferentes: miopatias, neuropatias e juncinopatias.
Elas são doenças do sistema nervoso periférico e localizadas em locais diferentes e com etiologias diferentes.
Cada uma delas podem ter causas traumáticas, vasculares, neoplásicas, metabólicas, infecciosas ou hereditárias.
Miopatias
As miopatias são doenças e lesões nas fibras musculares e podem ser classificadas em três grupos: inflamatórias, metabólicas e hereditárias.
Neuropatias
As neuropatias são condições originadas a partir de problemas no desempenho dos nervos.
Podem também se manifestar de forma focal ou difusa, a depender do agente causador.
Em suma, as neuropatias irrompem a partir de um grupo de nervos da mesma região ou de vários nervos de todas as regiões do corpo do paciente.
Juncinopatias
Já as juncinopatias são doenças que acontecem na junção neuromuscular, que é a região na qual ocorre a junção de nervos e músculos.
Essa junção conta com um neurônio pré-sináptico e seu potencial de ação é capaz de ativar a vesícula sináptica a fim de liberar o neurotransmissor.
De maneira geral, as neuropatias são as alterações neuromusculares mais comuns, enquanto as juncinopatias e as miopatias são bem mais raras.
Além disso, os agentes causadores também podem ser os mesmos ou ainda distintos.
Como diagnosticar doenças de origem neurológica?
A forma de diagnosticar na neurologia veterinária é diferente e específica para cada etiologia e região do sistema nervoso.
Porém, os sinais neurológicos são bem parecidos na prática.
É por este motivo que a investigação sempre tem que partir de um ponto mais abrangente para que sejam procuradas as possíveis causas.
Devido ao fato de que algumas doenças são mais habituais em raças, idade ou sexo específicos, a abordagem precisa ser sempre mais abrangente.
Uma vez que os exames laboratoriais não são tão úteis para identificar a causa da neuropatia periférica, a radiografia e tomografia também podem ser usadas na neurologia veterinária.
Mesmo não sendo métodos tão apurados para avaliar tecidos moles, ajudam indiretamente a identificar lesões em tecidos adjacentes ao nervo.
O ultrassom veterinário, por sua vez, é usado para avaliação morfológica de alguns segmentos que fazem parte do plexo braquial e lombossacral.
Porém, para isso é preciso bastante experiência do médico veterinário que está usando.
Já a ressonância magnética é um dos principais meios de diagnóstico na área neurológica.
Especialmente por ser ideal para diagnosticar doenças compressivas ou neoplasias do nervo periférico e as lesões de orelha média e interna.
Contudo, é limitado nas outras causas de neuropatias.
Nesse contexto, a eletroneuromiografia é uma ferramenta indispensável tanto para o diagnóstico quanto para o prognóstico, especialmente por ser sensível e precoce.
Esse exame traz a possibilidade de identificar mudanças nos músculos e nervos periféricos.
Em grande parte das situações é preciso realizar biópsias não só do tecido muscular, mas também do nervo.
Onde encontrar neurologia veterinária?
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